segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Frutos do 1º Intervalo Cultural.

É com imensa alegria que descrevo aqui a repercução do programa Intervalo Cultural aqui na Pinheiro. Vários sites especializados em black music e hip hop estão fazendo referências ao evento a ao cd que brevemente será lançado. O grande alcance do primeiro dia do evento se deve excelente trabalho de divulgação das alunas Alessandra, Raphaela e Mírian, do 4º período, além da grande ajuda do amigo Marcelo, um dos responsáveis pela rede da FPG.

Abaixo segue os links, vale a pena dar uma conferida. Obrigado a todos e ano que vem teremos um lançamento oficial da faculdade. AbraSoul.

Site Gospel Beat



Site Radar Urbano




Site Rapevolusom




Revista do Twitter

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Isto é o que pensam do povo brasileiro



Nosso país é tido como uma nação de terceiro mundo. É bem verdade que existe uma expectativa mundial para que deixe este nível devido às mudanças econômicas significativas que vem ocorrendo. Uma nação emergente é o título que temos mas me impressiona e deixa indignado à capacidade que alguns líderes de diversas instâncias de interpretar o povo brasileiro e de terceiro mundo como um povo idiota e sem poder de raciocínio. Nos deparamos diariamente com uma novela em que o trabalhador brasileiro é sempre a mocinha pobre, muito pobre e indefesa, porém o galã salvador nunca chega.

Pois bem, uma vez que somos tomados como idiotas e sem conteúdo sempre que se tem uma oportunidade vamos ao fato que desejo comentar: Tem sido noticiado a algum tempo a polemica atitude de Fábio Luiz, filho do presidente Lula, de viajar com um grupo de 15 amigos em um avião da FAB. Parece-me obvio que os impostos recolhidos no Brasil não são destinados a proporcionar comodidade ao “Junior” do Lula. O que ridicularizou toda a questão nesta quinta foi à declaração da presidência quanto ao ocorrido: “A possibilidade de o presidente convidar pessoas para deslocamentos em aviões oficiais baseia-se em uma prerrogativa tradicionalmente exercida no Brasil. Foi assim em governos anteriores e tem sido assim no atual”. A declaração é ridícula mas, sobre tudo subestima a inteligência de qualquer brasileiro. Um erro que ocorre a todo este tempo é considerado normal pela presidência que não admite o ultraje e o justifica como um hábito, um hábito cultural. Talvez seja este o problema dos governantes: a pilantragem e o fato de ganhar dinheiro prejudicando a outros já ocorre a tanto tempo que se transformou em hábito. No próximo ano teremos demonstrações públicas e gratuitas de canalhices dos políticos que se preparam para suas candidaturas, muitas delas já confiantes na vitória devido a uma cesta básica entregue ou por uma pracinha reformada. Isto sim é cultural.

Sinto-me roubado, não existe outra palavra. Cultural é o fato de sermos prejudicados em todo o tempo e não nos pronunciarmos quanto a isto. Cultural é um presidente usar seu cargo para conseguir benefícios, como tem feito com a pré-campanha da ministra Dilma. Cultural é o preconceito, o descaso na área da saúde e educação. O uso de verbas públicas a benefício próprio não é cultural, é canalhice mesmo. O curioso é que somente o jornal O Globo inseriu esta informação na capa de sua publicação de hoje. Por que será?
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

BIOGRAFIA

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

20/11 - Dia da consciência negra, não do blá blá blá para o negro.

O jornal O Povo de hoje foi publicado com a seguinte chamada de matéria:



Ao ler isto me senti, como negro, ainda no período de escravidão. Não me lembro de um outro momento da história senão este em que o homem negro deveria ter o estereotipo de másculo, figura temida e amedrontadora. Uns homens fortes, altos, com cara de mau e, sobretudo negro impõe medo ou respeito? Na verdade este é o problema porque homens morreram e outros lutam ainda hoje intensamente para que o negro não seja temido mas respeitado e pra fazer entender que o fato de a raça predominante na criminalidade é negro mas por uma questão extremamente cultural (veja o post ‘A guerra continua’).

É lamentável perceber que um jornal do Rio de Janeiro tem esta proposta e a manifesta justamente se referindo ao negro como a “Cor do pecado”. O negro reprodutor escravo esta dando lugar ao negro universitário e profissional gabaritado e referência. Este post ficaria imenso se eu relatasse os negros que fizeram e fazem história por seu trabalho, seja nas artes, esporte ou política. Na tv não existem tantos mas vivemos um momento histórico e inegável. A referida cor do pecado é na verdade a cor da luta contra a imposição, uma manifestação atemporal de igualdade e fraternidade. A cor da raça que quer ser vista sim, seria o início da quitação de uma dívida mas ser vista como referência de persistência e não como algum símbolo de “super negro sensual”. A função do negro é muito maior que isto porque sua essência nesta terra em que foi deixado é de falar, escrever e pensar e manifestações igualitárias. A situação mais triste é que a matéria de péssimo cunho é vinculada na véspera do dia da consciência negra, uma data para relembrar as causas quilombolas e projetar estratégias para ações futuras. Um oportunismo que reflete o quadro racial em que vivemos no Brasil.



Ainda no mesmo jornal é divulgado o trem do funk, uma viagem de trem com o som da Furacão 2000. A grande verdade é que todos entenderam o quanto comercial pode ser este dia e querem “tirar uma casquinha”. Não me lembro de ter visto nenhuma ação da Furacão 2000 ligada diretamente aos pensamentos de Zumbi dos Palmares. Em 2010 teremos eleições estaduais e o voto negro é um número considerável. O Funk é um patrimônio cultural e deve ser respeitado como tal mas não dá pra aceitar investidas como esta usando um feriado tão significativo. FALA SÉRIO RÔMULO COSTA.
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A guerra ainda não acabou.

Foto: Internet


A comunidade negra de todo o país se prepara em grande estilo para o feriado da consciência negra, comemorado no dia 20/11. A data traz a memória o grande mártir do movimento negro, Zumbi do Palmares e sua luta para conquistar um sonho de liberdade do povo negro. Zumbi foi um grande guerreiro que lutou contra a escravidão de seu povo. Empenhou todas as suas técnicas militares adquiridas para estruturar um exército indestrutível de quilombolas contra as investidas do governo que não aceitava uma comunidade de negros livres. Depois de várias vitórias por seu ideal Zumbi acabou sendo traído por um dos seus e seu corpo foi entregue ao governo. Nasce assim o maior ícone de liberdade negro, contrariando todas as teses que afirmam o beneplácito da princesa Isabel. O que ela fez ao assinar a lei áurea foi um ato inevitável, tendo em vista ser o Brasil o último país a decretar o fim da escravidão e isto depois de várias “formas” de liberdade (Leis do ventre livre, sexagenário, etc.).

Imagine um povo que sempre foi escravo. Seus hábitos, costumes, todo um estilo de vida de alguém que não tem direito a absolutamente nada. Este povo não se preocupa com o pagamento de dívidas, compras do mês, vida profissional e cuidado médicos. Agora imagine este mesmo povo sendo livre de uma hora pra outra sem nenhum tipo de apoio a inclusão ou nenhum outro tipo de cooperação. Foi o que aconteceu com os negros. A liberdade tão sonhada transforma-se agora em um pesado julgo. Não puderam usufruir nada que construíram por toda a vida mas tiveram que assistir todo o seu trabalho nas mãos dos senhores de engenhos e seus filhos. Este é o maior motivo da desigualdade racial do Brasil, tomando-se por base apenas os 120 anos da abolição. Atente para o grande percentual de negros muitos pobres, mendigos, moradores de morros e favelas. Quantos negros você conhece que cursam ou cursaram uma universidade, comparando a quantidade de alunos brancos. É como se uma corrida de Fórmula 1 tivesse início mas com um carro saindo 20 segundos depois dos demais, tendo enorme desvantagem. É bem verdade que hoje existem tentativas de abrandar esta desvantagem mas todas procuram uma solução em curto prazo e não resolvem o problema. O benefício das cotas contribui para o acesso de muitos jovens a universidades mas se o ensino básico não for reformulado este benefício se transforma em favor.

“O Rio é uma cidade de cidades misturadas”. A canção diz por si só. O grito de liberdade de Zumbi ainda ecoa pelos quatro cantos desta nação mas hoje a liberdade que buscamos é a liberdade para a igualdade. O negro brasileiro quer ser igual, ou melhor. Veja os papéis de negros nas novelas. Em sua maioria escravos, faxineiros. É uma questão tradição cultural que precisa acabar. A luta de Zumbi continua
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Salve o apagão. Santo apagão.



O Rio de Janeiro e mais 19 estados dos Brasil tiveram, nesta noite de terça-feira uma falta geral de energia. Ainda não se sabe o motivo concreto do “apagão” mas o ministro Lobão, de Minas e Energias confirmou nesta manhã a Band News que o problema não foi na geração de energia mas sim na sua transmissão.

Eu, no momento da falta de energia estava em casa fazendo um trabalho da faculdade sobre neoliberalismo e obviamente não consegui terminar. No rádio inúmeras informações de qual o causador do problema. As pessoas se mostraram preocupadas com assaltos em massa nas ruas e o calor, que no Rio não tem dado trégua. Em dado momento percebi que estava na sala com meu pai, por volta de 23h00 ouvindo rádio e conversando. Isto raramente aconteceria neste horário porque sempre estou na internet lendo meus emails, alimentando meus canais de informação ou fazendo alguma outra coisa diferente do que fiz. Neste momento percebi a quanto uma falta de energia é necessária para a permanência da vida em sociedade e da família como célula desta.

Com certeza nossas vidas estão em marcha acelerada em todo o tempo. Vivemos em um mundo competitivo e globalizado onde a quantidade de coisas que você faz ou não podem determinar seu futuro e justamente por isto não paramos. Estas coisas são necessárias mas o “apagão” é essencial. É preciso se relacionar, conversar e não se prender a uma vida de MSN e orkut. Eu pergunto o que você fez na falta de energia? Você conversou com seus pais ou filhos? Leu um bom livro a luz de velas? Pensou em atitudes que precisa tomar? Você faria isto se nada tivesse ocorrido?

A verdade é que somos hipócritas demais para admitir que temos uma vida desligada das coisas imateriais. Nossas prioridades estão sempre em primeiro lugar mas eu sei que nesta última noite um filho ouviu o problema de um pai, um amigo ligou para o outro que não falava há tempos. É preciso uma falta de luz para que a “claridade” volte.

Faço uma conclamação a todos: Comentem aqui registrando o que vocês fizeram na noite de terça, durante a falta de energia. Seja bem detalhista mesmo. Relate onde estava e o que você fez e vamos medir isto.

Forte abraço a todos e não esqueçam: INTERVALO CULTURAL nesta sexta-feira no auditório da Faculdade Pinheiro Guimarães, as 20h20. Vou falar um pouco sobre minha vida na música e sobre o cd que esta chegando, além de interpretar algumas canções, acompanhado do meu amigo Hayala dj. Compareça, vai durar apenas 20min.
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