terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A arte que o Brasil faz. Entrevista com um artista.



Você já ouviu a expressão “O bom jeitinho brasileiro”? Com certeza ela pode ser aplicada na vida de Carlos Alberto Alves Filho ou Carlinhos.

Com uma infância difícil no bairro de Colégio-RJ Carlinhos sempre atravessou suas dificuldades com a ajuda de Deus, seus pais Vera Neiva e Carlos Alberto. Desde muito novo ele desenvolveu a arte do desenho. “As crianças brincavam de futebol, bola de gude mas era só me dar um papel e lápis e eu ficava feliz” conta. Seu pai se preocupou com o futuro do filho, comprometido pela falta de condições financeiras e resolveu ensinar a ele sua profissão: cabeleireiro."Meu pai dizia que um bom cabeleireiro não conheceria o significado da palavra desemprego".

O garoto, sempre esforçado e obediente aos conselhos de sua mãe (ela que o incentivou a aprender a profissão) aprendeu rápido o ofício e a cada dia se aperfeiçoava, mas o “boom” veio quando decidiu associar sua maior paixão, o desenho, a seus cortes e começou a fazer arte em cortes de cabelo e o sucesso foi inevitável. Os clientes gostavam tanto que traziam os desenhos mais incríveis e bem bolados e estes eram transcritos para o corte. A fama de seu trabalho alcançou várias áreas sociais. Artistas como Dudu Nobre chegaram a reservar horários com Carlinhos em suas próprias residências, devido ao tão grande profissionalismo do rapaz.





Mesmo com seu trabalho em plena expansão ele não se acomodou e procurou logo outros horizontes. Se aperfeiçoou em cortes e tratamentos diversos para cabelos femininos, freqüentou cursos e até mesmo em um período com dupla jornada de trabalho em seu salão e também no renomado Walter’s Coiffeur(a segunda maior rede de salões do Rio de Janeiro). “Eu precisava deste tipo de experiência.Ouvia as pessoas elogiarem o meu trabalho,mas sabia que não podia acomodar-me pois entendia que Deus tinha algo maior para mim e eu tinha que fazer a minha parte.

Hoje seu salão produz uma média de 50 serviços por dia, sendo estes para clientes de diversas classes sociais mas que não abrem mão de um tratamento com perfeiçã e dedicação. Diz ele:"Meus clientes não procuram preço baixo ou serviços rápidos.Eles querem ser atendidos por alguém que ame o que faça,pois sabem que quem ama o que faz,sempre fará com carinho e dedicação"

FS: Em que momento vc percebeu que poderia transportar a arte do desenho para o corte?

R: Quando criança percebi que tinha habilidade com desenhos e logo toda a família percebeu este dom. Era muito comum primos e primas me pedirem ajuda com desenhos para trabalhos escolares. Anderson,um deles me desafiou um dia: “já conheço sua arte com o lápis e sei que se tentar um corte não vai me dcepcionar. Eu sou seu modelo”. O resultado foi fantástico e naquele dia fui surpreendido por várias pessoas que ao verem o desenho dele quiseram também, Valeu Anderson.


FS: Como foi o desafio de abrir seu próprio salão?

R: Comecei a trabalhar com apenas 9 anos mas sempre pensei em ter meu próprio negócio, algo em que eu pudesse ter todo o controle. Tornando-me cabelereiro o primeiro passo foi pegar uma das cadeiras da cozinha de minha mãe e comprar um espelho, que foi pago semanalmente por R$ 5,00. Ali começava meu primeiro salão.


FS: Tempos atrás vc dividiu seu tempo com seu salão e o trabalho no Walter’s. Como foi o seu trabalho lá e quais experiências isto lhe proporcionou?

R: Aceitei o trabalho devido a necessidade de um aperfeiçoamento, principalmente em cabelos femininos. Lá tive a oportunidade de freqüentar vários cursos, o que me fez crescer muito em um conhecimento técnico. Os amigos e profissionais que conheci lá também me ajudaram muito com dicas valiosas mas sei que foi uma ferramenta que Deus usou para minha consolidação na profissão.

FS: Qual o tipo de clientes você recebe hoje?

R: Não existe um perfil seguramente distinguível. Hoje atendo em meu salão empresários bem sucedidos a estudantes e crianças. Pessoas de classes sociais bem diferentes mas sempre com a mesma intenção: A satisfação no final de cada trabalho e tenho conseguido até aqui.

FS: Como alguém que possui uma fé bem definida você acredita que a religião o ajudou em algum momento?

R: Certamente que sim. Tudo o que sou e tenho,inclusive esta coisa de conseguir agradar os cliente com meu trabalho vem de Deus,não tenho duvidas. Em alguns momentos penso em desistir. Não é fácil administrar tudo mas nestes momentos eu lembro do que tinha e tenho, então levanto minhas mãos e digo: Obrigado, meu Deus por tudo o que sou.


FS: Seu salão é tido como multimídia pelos freqüentadores: telões com clipes e tv, uma mini lan house e telefone gratuito. Como vc analisa a questão da confortabilidade de seus clientes?

R: Eu gostaria de oferecer mais a cada um deles. Entendo que tudo o que posso fazer para o conforto e bem estar dos clientes não pode ser encarado como gastos mas sim em investimentos, que no tempo certo trarão um retorno. O fato de pessoas atravessarem bairros para ter um tratamento bacana, em um local com ar condicionado, vídeos de várias categorias e música ambiente denota que estamos no caminho certo.





Contatos: 21 32872444 cnstudiohair@gmail.com

Para conhecer o trabalho do salão você pode também acessar a página do Flickr e conhecer vários outros tipos de cortes e afins:
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sábado, 2 de janeiro de 2010

BLACK GOSPEL NO PROGRAMA BLACK BEAT.



O Black Beat nasceu em 2004 do desejo da jornalista Amanda Faia difundir a black music no Brasil. Na época, poucas rádios davam acesso ao R&B, ao Hop Hop, ao Soul, Blues e ao Jazz. Como amante da black music desde a adolescente, Amanda sentia falta de um programa do gênero atualizado no Brasil. “Como ouvinte eu sentia falta. Nem fora de Natal eu achava um programa que eu achasse completo. A maioria das músicas estava na lista da Billboard e o locutor nem sabia do que ele estava falando e nem tocando. O ouvinte gosta de saber que quem está do outro lado do rádio não é um mero apertador de botão, que lê o nome do artista e da música. Falar com propriedade dá credibilidade ao programa”.O programa ia ao ar todos os sábados pela FM Tropical (Natal/RN) e ficou pouco menos de 1 ano no ar quando a locutora passou uma temporada no Rio de Janeiro.

Em 2007, Amanda Faia voltou a FM Tropical no comando do Atitude 103, programa que mistura pop, black e pop/rock. A aceitação do público foi tão positiva que o projeto do Black Beat foi resgatado. Mas faltava um DJ com a mesma intenção e conhecimento do gênero. Em 2008, em passagem por Natal, Amanda conheceu o DJ Double C e as idéias se fundiram. No final de 2009, DJ LeuzZ assumiu os sets do programa.


O primeiro Black Beat foi ao ar em agosto de 2008 e está na internet desde então. Sem muita propaganda, o Black Beat atingiu mais de 40 mil acessos mensais. Com o novo site, a expectativa é que a coisa tome proporções ainda maiores. A estrutura é simples: semanalmente o ouvindo do BB vai ter acesso a 2 estréias, 2 notas musicais e uma dezena de músicas selecionadas pela jornalista Amanda Faia. O programa tem duas horas de duração.

O grande barato é que além da música secular o programa abriu as portas para a musica black gospel. Artistas como Pregador Luo, Fábio Serafim e Fydel foram os primeiros a ter suas canções exibidas no programa que já demonstrou interesse pela música de qualidade que é feita no black gospel de hoje. As barreiras estão realmente caindo para que a palavra de Deus seja levada aos quatro cantos do país com sofisticação e qualidade que não deixam nada a desejar. É o time gospel Cantando na Rua.


Acesse o site do BB
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