terça-feira, 27 de outubro de 2009

Até quando meu povo vai morrer assim?




Olá a todos.

Bem, estamos estreando o novo formato do blog. Nele a interação fica mais interessante, o que acaba sendo um dos meus maiores interesses. Conheça todos os tópicos novos como o Vídeos da Semana e o Informação ++. Estas atualizações ocorreram porque vocês existem, ok?

Tivemos,a duas semanas aqui no Rio de Janeiro uma verdadeira guerra urbana. Me refiro a invasão de guangues rivais ao morro dos Macacos e a interceptação da polícia, gerando mortes de inúmeras pessoas(30 no geral, incluindo 3 policiais) e a queda de um helicóptero da polícia. Além disto vários ônibus foram queimados em diversos bairros do Rio, como no Jacaré, tendo gerado assim horror e calamidade em toda cidade. Como se isto não bastasse um coordenador do Afroreeage foi sumariamente executado no Centro, quando passeava com amigos. Os bandidos levaram todos os seus bens mas tiveram que os entregar aos policiais que faziam a ronda e, por mais incrível que possa parecer, não foram detidos. Câmeras de prédios próximos registraram que, por algumas vezes o carro da polícia passou pela vítima, ainda viva mas ninguém o socorreu.

A área de inteligência da polícia informou que o grande suspeito dos ataques e da queda do helicóptero da polícia é Fabiano Atanásio da Silva que fugiu da prisão em 2002 após ser beneficiado pelo regime semiaberto. Estes anos já ocorreram vários casos de bandidos que receberam este benefício mas não retornaram a prisão.

A verdade é que o Rio de Janeiro sofre há algum tempo um processo de criminalização de forma acelerada. O governador Sergio Cabral e o secretário de segurança Beltrame defendem a opinião de que a polícia não pode se intimidar com incursões criminosas, chegando a dizer que a queda do helicóptero da polícia vai gerar uma ação policial de igual peso. O que me traz imensa preocupação é o fato de pessoas sem nenhum envolvimento com isto ter que pagar com suas próprias vidas. Não se percebe uma preocupação das autoridades com a vida inocente que, mesmo não sendo responsáveis por esta assolação pagam muitas vezes com a própria vida. Pessoas que são retiradas de dentro de suas casa e obrigadas a manter-se afastadas para preservar a sua própria vida. Uma mãe faleceu neste fim de semana ao ser atingida por uma “bala perdida” na comunidade Kelson’s, na Penha. O projétil atingiu também o bebe de 8 meses que carregava mas esta fora de perigo. O pai da criança, revoltado, diz que os tiros foram disparados pela polícia pois não havia nenhuma investida criminosa no local. Temos então um exemplo excelente de o que esta acontecendo com a segurança pública no Rio de Janeiro. Os moradores pagam o preço da retaliação da polícia mas, pelo que temos percebido isto não importa muito. A vida aqui esta a preço de banana e isto tem sido noticiado nos jornais de todo o mundo, como o Lê Monde de hoje, que faz uma dura crítica à polícia do estado quanto ao caso do coordenador do Afroreeage, já comentado aqui anteriormente. Este é o preço que o Rio paga por desejar sediar as olimpíadas de 2016, o centro das atenções do mundo.

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